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Prunus myrtifolia L. Urb.

(pessegueiro-do-mato ou pessegueiro-bravo)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Origem: Nativa do RS.

 

Distribuição geográfica: Argentina, Paraguai, Uruguai, Brasil (Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Bahia até o Rio Grande do sul).

 

Hábitat preferencial: Espécie aparentemente indiferente às características físicas do solo, ocorrendo nas florestas pluvial atlântica e estacional semidecídua. 

 

Categoria sucessional: Normalmente encontrada em florestas secudárias, sendo menos frequente em mata primária densa.

 

Hábito: Árvore perenifólia, de 15 a 20 de altura; 30 a 50 cm de DAP; tronco cilíndrico, geralmente tortuoso; copa baixa, irregular, paucifoliada.

 

Caracteres importantes para a identificação em campo:

 

  • Árvore de medio porte;

  • Fuste reto e alto;

  • Casca externa áspera, castanho-acinzentada, com escamas muito pequenas;

  • Casca interna fibrosa, de estrutura trançada e cor marrom-avermelhada, que se oxida rapidamente após a incisão;

  • Folha simples, alternas, dísticas, curtamente pecioladas, coriáceas e elípticas até ovadas apresentam ápice acuminado, margem inteira ondulada e base aguda;

  • Folha ligeiramente discolor e mais escura na face superior;

  • Apresenta duas glândulas arredondadas muito características, na base do limbo;

  • Forte odor de amêndoas quando a folha macerada;

  • Flores pequenas e brancas;

  • Inflorescência do tipo racemo axilar de 5 a 10 cm de comprimento;

  • Fruto do tipo drupa globosa de superfície lisa e mesocarpo delgado.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Potencialidades

 

  • Alergênico: As partes tóxicas desta árvore são cascas, folhas e sementes (principalmente). O princípio ativo tóxico é glicosídeo cianogênico que, por hidrólise, libera cianeto. As intoxicações são mais freqüentes em animais, causando desequilíbrio, cólicas, tremores musculares, dispnéia, taquicardia, arritmia cardíaca, olhar vítreo, podendo ocorrer convulsão (BARG, 2004).

  • Ornamental: A árvore pode ser empregada na arborização urbana ( Lorenzi, 2008).

  • Econômica: A madeira desta árvore é apropriada para acabamentos internos em construção civil, para confecção de móveis, laminados, artigos de esportes, cabos de ferramentas, folhas faqueadas decorativas, peças torneadas, etc ( Lorenzi, 2008).

  • Ecológica: Polinizado por abelhas. Os frutos são consumidos por pássaros em especial o sabiá. As folhas usadas por lagartas para encasular, formando um “charuto”. Recomendado para o enriquecimento de áreas degradadas visando à preservação permanente (Marques, 2007).

 

Referências bibliográficas

 

BACKES, P.; IRGANG, B. Árvores do sul: Guia de identificação e interesse ecológico. Brasil: Editora Clube da Árvore, 326p.

 

BARG, DÉbora Gikovate. PLANTAS TÓXICAS: Trabalho apresentado para créditos em Metodologia Científica no Curso de Fitoterapia no IBEHE / FACIS.. SÃo Paulo: Eslaq, 2004. 24 p. Disponível em: <http://www.esalq.usp.br/siesalq/pm/plantas_toxicas.pdf>. Acesso em: 26 jun. 2015.

 

MARCHIORI, J. N. C. Dendrologia das Angiospermas – das Bixáceas às Rosáceas. Santa Maria: Ed. da UFSM, 2000.

 

MARQUES, Themis Piazzetta. Subsídios à recuperação de formações florestais ripárias da Floresta Ombrófila Mista do Estado do Paraná, a partir do uso espécies fontes de produtos florestais não-madeiráveis. 2007. 235 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Agronomia, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2007. Disponível em: <http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/bitstream/handle/1884/14027/disserta??o Themis Piazzetta Marques PDF.pdf;jsessionid=7D8C8418AB7B8C7F6F0F275BBF4E83A1?sequence=1>. Acesso em: 26 jun. 2015.

 

LORENZI, Harri. Árvores Brasileiras: Manual de Identificação e Cultivo de Pantas Arbóreas Nativas do Brasil. 5. ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2008. 384 p. 1 v.

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