Herbário Bruno Edgar Irgang
Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA)
Prunus myrtifolia L. Urb.
(pessegueiro-do-mato ou pessegueiro-bravo)
Origem: Nativa do RS.
Distribuição geográfica: Argentina, Paraguai, Uruguai, Brasil (Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Bahia até o Rio Grande do sul).
Hábitat preferencial: Espécie aparentemente indiferente às características físicas do solo, ocorrendo nas florestas pluvial atlântica e estacional semidecídua.
Categoria sucessional: Normalmente encontrada em florestas secudárias, sendo menos frequente em mata primária densa.
Hábito: Árvore perenifólia, de 15 a 20 de altura; 30 a 50 cm de DAP; tronco cilíndrico, geralmente tortuoso; copa baixa, irregular, paucifoliada.
Caracteres importantes para a identificação em campo:
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Árvore de medio porte;
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Fuste reto e alto;
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Casca externa áspera, castanho-acinzentada, com escamas muito pequenas;
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Casca interna fibrosa, de estrutura trançada e cor marrom-avermelhada, que se oxida rapidamente após a incisão;
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Folha simples, alternas, dísticas, curtamente pecioladas, coriáceas e elípticas até ovadas apresentam ápice acuminado, margem inteira ondulada e base aguda;
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Folha ligeiramente discolor e mais escura na face superior;
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Apresenta duas glândulas arredondadas muito características, na base do limbo;
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Forte odor de amêndoas quando a folha macerada;
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Flores pequenas e brancas;
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Inflorescência do tipo racemo axilar de 5 a 10 cm de comprimento;
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Fruto do tipo drupa globosa de superfície lisa e mesocarpo delgado.
Potencialidades
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Alergênico: As partes tóxicas desta árvore são cascas, folhas e sementes (principalmente). O princípio ativo tóxico é glicosídeo cianogênico que, por hidrólise, libera cianeto. As intoxicações são mais freqüentes em animais, causando desequilíbrio, cólicas, tremores musculares, dispnéia, taquicardia, arritmia cardíaca, olhar vítreo, podendo ocorrer convulsão (BARG, 2004).
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Ornamental: A árvore pode ser empregada na arborização urbana ( Lorenzi, 2008).
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Econômica: A madeira desta árvore é apropriada para acabamentos internos em construção civil, para confecção de móveis, laminados, artigos de esportes, cabos de ferramentas, folhas faqueadas decorativas, peças torneadas, etc ( Lorenzi, 2008).
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Ecológica: Polinizado por abelhas. Os frutos são consumidos por pássaros em especial o sabiá. As folhas usadas por lagartas para encasular, formando um “charuto”. Recomendado para o enriquecimento de áreas degradadas visando à preservação permanente (Marques, 2007).
Referências bibliográficas
BACKES, P.; IRGANG, B. Árvores do sul: Guia de identificação e interesse ecológico. Brasil: Editora Clube da Árvore, 326p.
BARG, DÉbora Gikovate. PLANTAS TÓXICAS: Trabalho apresentado para créditos em Metodologia Científica no Curso de Fitoterapia no IBEHE / FACIS.. SÃo Paulo: Eslaq, 2004. 24 p. Disponível em: <http://www.esalq.usp.br/siesalq/pm/plantas_toxicas.pdf>. Acesso em: 26 jun. 2015.
MARCHIORI, J. N. C. Dendrologia das Angiospermas – das Bixáceas às Rosáceas. Santa Maria: Ed. da UFSM, 2000.
MARQUES, Themis Piazzetta. Subsídios à recuperação de formações florestais ripárias da Floresta Ombrófila Mista do Estado do Paraná, a partir do uso espécies fontes de produtos florestais não-madeiráveis. 2007. 235 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Agronomia, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2007. Disponível em: <http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/bitstream/handle/1884/14027/disserta??o Themis Piazzetta Marques PDF.pdf;jsessionid=7D8C8418AB7B8C7F6F0F275BBF4E83A1?sequence=1>. Acesso em: 26 jun. 2015.
LORENZI, Harri. Árvores Brasileiras: Manual de Identificação e Cultivo de Pantas Arbóreas Nativas do Brasil. 5. ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2008. 384 p. 1 v.
Aspecto das glândulasObserve as duas glândulas ao lado da nervura central na base do limbo. Foto: P. Neves |
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