Herbário Bruno Edgar Irgang
Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA)
Sebastiania schottiana (Müll. Arg.) Müll. Arg.
(sarandi)
Ocorrência: Nativa do RS.
Distribuição geográfica: Goiás, Minas Gerais e Rio de Janeiro até o Uruguai e nordeste da Argentina. No Rio Grande do Sul é comum nas formações da mata do Bioma Campos Sulino (Marchiori, 2000).
Habitat Preferencial: Margens de rios e lagoas, como é uma espécie adaptada às margens de rios, por suportar a força das águas nas enchentes, torna-se de grande utilidade ecológica, auxiliando na recuperação de áreas degradadas, fixação de barrancos e na perenização dos cursos de água (REITZ, 1988).
Categoria sucessional: Pioneira.
Hábito: Arvoreta de 3-5m de altura.
Características morfológicas visíveis em campo:
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Arvoreta de pequeno porte;
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Ramos longos e pouco ramificados, espinescentes e pouco flexíveis;
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Folhas discolores, esbranquiçadas na face inferior, simples, alternas e lanceoladas;
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Pecíolo curto;
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Uma ou duas glândulas engrossadas inferiormente e base cuneado-estreita;
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Flores não vistosas.
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Frutos do tipo capsula
Potencialidades
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Ecológica: É uma espécie adaptada a reofilia, bastante resistente às variações extremas de umidade ou seca e dispõe de denso sistema radículas, com caules rijos e flexíveis, suportando a força da água nas enchentes. É heliófita, seletiva higrófita até xerófita, que pode ocorrer em solos bastante arenosos. Como é uma espécie adaptada às margens de rios, por suportar a foça das águas nas enchentes, torna-se de grande utilidade ecológica, auxiliando na recuperação de áreas degradadas, fixação de barrancos e na perenização dos cursos de água (REITZ, 1988).
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Medicinal: Possui propriedades medicinais, sendo utilizada como remédio para combater afecções renais e infecções. Os extratos obtidos das partes aéreas e raízes possuem ação antiespasmódica em diferentes preparações in vitro (CECHINEL FILHO et al., 1995), efeito este comprovadamente relacionado com a presença de acetofenona de denominada xantoxilina (CALIXTO et al., 1987), e possui também propriedades analgésicas, anti-inflamatórias pela presença de glutinol e moretenoma (CECHINEL FILHO et al., 1996).
Referências Bibliográficas
CALIXTO, J. B.; et al. Planta Medica, v. 52, p.444, 1987.
CECHINEL FILHO, V.; et al. Journal Pharmacologic, v. 84, p. 473,1995.
CECHINEL FILHO, V.; et al. Journal Medicinal Chemical, v. 311, p. 833, 1996.
SOBRAL, M. et al. (Org.). Flora arbórea e arborescente do Rio Grande do Sul, Brasil. Rio Grande do Sul: Rima, 2006. 350 p.
MARCHIORI, J. N. C. Dendrologia das Angiospermas – das Bixáceas às Rosáceas. Santa Maria: Ed. da UFSM, 2000.
REITZ, P. R. Euforbiáceas. In: REITZ, P. R. (Org.) Flora Ilustrada Catarinense. Itajaí: Herbáreo Barbosa Rodrigues, 1988.
Aspecto geral da plantasArvoreta de crescimento simpodial. | Aspecto da inflorescência e folhas | Aspecto do frutoFruto imaturo, de cor verde pouco avermelhado, do tipo cápsula. |
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